terça-feira, 21 de junho de 2016

MÉDICOS SEM FRONTEIRAS

Médicos sem Fronteiras (Brasil)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Página oficial www.msf.org.br
A organização internacional de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras mantém um escritório no Brasil, no Rio de Janeiro. A organização estabeleceu seu escritório no país em 2006 com o objetivo de promover ações de comunicação, captar recursos financeiros e recrutar profissionais.
O escritório, localizado no Rio de Janeiro, é uma delegação do Centro Operacional de Bruxelas e tem suas atividades financiadas com recursos de cidadãos de vários países, e também do Brasil.

A Organização Internacional de Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras foi criado em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas, que atuaram como voluntários no final dos anos 60 em Biafra, na Nigéria. Enquanto a equipe médica socorria vítimas em uma brutal guerra civil, o grupo percebeu as limitações da ajuda humanitária internacional: a dificuldade de acesso ao local e os entraves burocráticos e políticos faziam com que muitos se calassem frente aos fatos testemunhados. MSF surge como uma organização médico-humanitária que associa socorro médico e testemunho em favor das populações em risco. A organização trabalha em cima de determinados eixos de atuação. São eles: conflitos armados, epidemias, fome e desnutrição, desastres naturais e exclusão de cuidados médicos.
A organização é uma iniciativa independente de governos e sustentada, em grande parte, por contribuições privadas, fato que lhe confere liberdade e agilidade para oferecer ajuda humanitária onde for preciso.

Os principais modos de ação de Médicos Sem Fronteiras

  • Assistência de saúde primária em centros de saúde e clínicas móveis;
  • Alimentação e nutrição;
  • Saúde materno-infantil;
  • Campanhas de vacinação;
  • Diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças específicas (malária, tuberculose, chagas, HIV/AIDS etc.);
  • Atendimento a feridos e cirurgia de guerra;
  • Cuidados de saúde mental;
  • Atendimento a vítimas de violência sexual;
  • Distribuição de alimentos e de itens de abrigo de primeira necessidade;
  • Construção e manutenção de estruturas de água e saneamento;
  • Recuperação de hospitais e clínicas;
  • Treinamento de profissionais (equipe MSF e parceiros de organizações governamentais e não-governamentais);

Ações de Médicos Sem Fronteiras no Brasil


Complexo de Favelas do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro, onde funciona a Unidade de Emergência de MSF.
MSF está presente no Brasil desde 1991. Dedica-se à vigilância epidemiológica e ao diagnóstico da doença de Chagas, assim como ao acesso universal ao tratamento de AIDS e formação de pessoal nas áreas de especialidade da organização.
Em 1991, MSF chegou ao Brasil, para combater uma epidemia e cólera na Amazônia. Com o controle do surto, a organização permaneceu na região até o ano de 2002, promovendo um trabalho de medicina preventiva com tribos indígenas. A primeira intervenção de MSF no país abriu uma das frentes de atuação: colaborar no acesso à saúde. A missão na Amazônia terminou quando ONGs (organização não-governamentais) e DSEI (Distritos Especiais Sanitários Indígenas) assumiram o trabalho.
Em 1993, no Rio de Janeiro, MSF realizou sua primeira intervenção urbana, com um projeto de assistência a crianças em situação de rua. Foram realizados ao todo 15 projetos de MSF no Brasil.
No Rio de Janeiro, em 2003, MSF implantou um Centro de Saúde na comunidade de Marcílio Dias, no Complexo da Maré. Em outubro de 2007, MSF criou, também no Rio, uma Unidade de Emergência no Complexo de Favelas do Alemão, uma das áreas mais violentas do Brasil, conhecida como a "Faixa de Gaza" do Rio,[1] e habitada por cerca de 150 mil pessoas. Em 2008, foram realizados 15.000 atendimentos na área.
Em 2008, MSF realizou treinamento de profissionais em diagnóstico para a doença de Chagas em nove estados da Amazônia.
Há uma significativa participação de brasileiros na organização. Somente em 2008, 40 profissionais da saúde juntaram-se às equipes internacionais de MSF.

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